O Mercado da Bola 2025/26: Brasileiros invadem novamente a Europa

Se tem uma coisa que nunca muda no futebol mundial é a capacidade do Brasil de exportar craques. O verão europeu de 2025 mostrou, mais uma vez, que nossos talentos continuam sendo os mais desejados quando a bola rola nas grandes ligas. Da Premier League à La Liga, passando por Serie A, Bundesliga e Ligue 1, os clubes abriram os cofres para garantir aquele tempero brasileiro que faz diferença. E, claro, a gente acompanha de perto cada movimento, porque no fim das contas, cada transferência é também um pedacinho do futebol brasileiro se espalhando pelo planeta.


A Premier League segue faminta por brasileiros

A Inglaterra não brinca em serviço. Os clubes da Premier League continuam enxergando o Brasil como um celeiro inesgotável.

O Manchester United acertou a contratação do meia Gabriel Moscardo, revelado no Corinthians, depois de uma passagem consistente pelo PSG. Ele chega com moral e promessa de ganhar espaço num meio-campo que precisa de energia e qualidade técnica.

Já o Chelsea, que já virou praticamente um “colégio de brasileiros” nos últimos anos, trouxe o atacante Estevão Willian, joia do Palmeiras. O moleque de 17 anos foi disputado por metade da Europa, mas os Blues levaram a melhor. Em Londres, ele deve seguir os passos de ídolos como Oscar e Willian, que também brilharam com a camisa azul.

Outro destaque é o Arsenal, que se reforçou com o lateral-direito Yan Couto, ex-Girona. A ideia é ter alguém que dê profundidade no setor e concorra com White. Para Arteta, a habilidade de Couto em avançar e criar jogo pode ser um diferencial no estilo de posse dos Gunners.

Ou seja, se você ligar a TV pra ver a Premier League, vai tropeçar em brasileiros em quase todo jogo.

La Liga e o charme espanhol

A Espanha sempre teve uma relação especial com nossos craques. Desde Romário, Ronaldo e Ronaldinho até Vinícius Júnior e Rodrygo hoje, o casamento entre La Liga e o talento brasileiro segue firme.

O Real Madrid, claro, foi o protagonista. Já tinha fechado há meses com Endrick, que agora finalmente desembarca em Madri. O garoto é tratado como sucessor natural da linha de astros que passa de Kaká e Ronaldo até Vinícius. A expectativa é gigante, e a camisa 9 já está preparada.

O Barcelona também não ficou parado: garantiu a chegada de João Victor, zagueiro revelado no Corinthians e que estava no Benfica. A aposta é de médio prazo, mas os culés acreditam que ele pode ser o novo “xerife” da defesa.

Na Sevilla, quem chega é o volante André, ex-Fluminense. Um cara que já tinha mostrado nível europeu no Brasil e que vai encaixar perfeitamente no estilo combativo do time andaluz.

E na Real Sociedad, o meia Patrick (ex-Red Bull Bragantino) foi contratado para dar profundidade criativa ao elenco.

Resumindo: a La Liga mantém sua tradição de abrir as portas pros brasileiros, seja nos gigantes ou nos times médios que adoram apostar em jogadores técnicos.

Serie A: o charme da Itália e os volantes brasileiros

A Itália sempre gostou de volantes e defensores brasileiros, e nessa janela não foi diferente.

A Juventus trouxe João Gomes, ex-Wolves e cria do Flamengo, para ser aquele cão de guarda no meio. A torcida já o apelidou de “novo Emerson” pela entrega e intensidade.

A Inter de Milão investiu no lateral-esquerdo Wendell, que fez carreira sólida no Porto. Ele chega para disputar vaga num setor carente e ainda carrega a vantagem da experiência europeia.

Na Roma, quem desembarca é o atacante Marcos Leonardo, ex-Santos e já testado na Europa pelo Benfica. José Mourinho (que voltou ao comando) gosta de trabalhar com atacantes brasileiros e promete dar minutos importantes pro garoto.

A Serie A volta a ser um destino cada vez mais atrativo pros nossos jogadores, ainda mais pela tradição tática que forma craques completos.

Bundesliga: espaço para crescer

A Alemanha sempre foi terreno fértil pra lapidar talentos brasileiros. Quem não lembra de Lúcio, Dedé, Élber ou mais recentemente Paulinho no Bayer Leverkusen?

Nessa temporada, o Bayern de Munique fechou com o zagueiro Robert Renan, ex-Zenit e Corinthians. É uma aposta de futuro, mas que pode virar titular rapidamente.

O Borussia Dortmund, por sua vez, trouxe Luis Guilherme, meia revelado pelo Palmeiras, que já tinha encantado os olheiros europeus desde a base. O estilo ousado e habilidoso cai como uma luva pro DNA ofensivo do BVB.

Já o RB Leipzig apostou em Matheus Gonçalves, ex-Flamengo, ponta veloz que pode ser aquele “foguetinho” nas transições rápidas que o time tanto gosta.

Pra quem acompanha, a Bundesliga continua sendo um caminho estratégico: um degrau intermediário entre o Brasil e os gigantes absolutos.

Ligue 1: o trampolim francês

A França sempre foi conhecida como trampolim para brasileiros que depois brilham em outros centros.

O PSG, que já tem Marquinhos e Moscardo, trouxe o lateral-esquerdo Kaio Jorge, recuperado de lesão após sua passagem na Juventus. A ideia é dar profundidade ao elenco e valorizar um jovem que ainda pode explodir.

O Monaco contratou o meia Andrey Santos, ex-Chelsea, apostando em minutos regulares que ele não conseguiu na Inglaterra.

O Lyon fechou com o atacante Vitor Roque, que não teve tanto espaço no Barça. Lá, ele deve ter mais protagonismo e minutos para provar o talento que encantou no Athletico-PR.

Na Ligue 1, o padrão se mantém: brasileiros chegam, brilham e logo são vendidos a peso de ouro para Inglaterra ou Espanha.

Tendência geral: Brasil segue no topo da exportação

O balanço dessa janela deixa claro: o Brasil continua sendo o país que mais abastece as grandes ligas com talento jovem. O modelo é quase repetitivo: o jogador brilha por um ou dois anos no Brasileirão, desperta interesse, e logo embarca pra Europa.

Isso gera debates aqui no país, porque o torcedor sente falta de ver os craques por mais tempo nos gramados nacionais. Mas também é uma prova de que nossa formação ainda é a mais respeitada no mundo.

E tem mais: os clubes brasileiros já entenderam o jogo. As vendas estão cada vez mais caras. Não é à toa que Palmeiras, Flamengo, Corinthians e Fluminense vêm se consolidando financeiramente com essas negociações.

E pra Seleção Brasileira?

Esse movimento todo também mexe com a Seleção. Dorival Júnior, o técnico atual, sabe que a base do time canarinho está na Europa. A boa notícia é que muitos desses garotos chegam em idade de evolução e com possibilidade de serem protagonistas já em 2026, ano de Copa do Mundo.

Endrick, Estevão, Luis Guilherme e Vitor Roque são só alguns nomes da nova geração que já vivem o ambiente europeu. Se der certo, o Brasil pode chegar na Copa com um elenco jovem, mas calejado nos maiores palcos do futebol.

Conclusão

O mercado de transferências de 2025/26 provou mais uma vez que o Brasil é o coração que bombeia sangue novo para o futebol mundial. Seja em Madri, Manchester, Turim ou Munique, sempre haverá um brasileiro pronto para encantar. Pra gente que acompanha daqui, fica aquele misto de orgulho e saudade: orgulho de ver nossos meninos brilhando no exterior, e saudade de vê-los defendendo nossas cores por mais tempo.

No fim, a certeza é uma só: enquanto houver bola rolando, haverá brasileiro fazendo mágica nos gramados da Europa.